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segunda-feira, 29 de março de 2010

Luz, came(a)ra, escuridão.

Chega à ordem
Vinda de lugar nenhum
Ninguém a ouve
Todos a obedecem
Tranquem as portas
Apaguem as luzes
Esta na hora
O programa vai começar
Um tapa, depois um beijo
Ninguém à de lembrar
Entrem na fila
Por amor ao nosso Deus!
Ou vocês pagam
Ou serão pagãos
Entrem na fila
Por amor ao nosso rei!
Se não for assim,
Será pela lei!
A ordem chegou
Por sua desobediência
Por falta de prudência
E sua dependência
Nos os condenamos
A ignorância eterna
A dependência eterna
A distancia eterna
De nossos intelectuais
À nossas crianças

Vejam de que somos capazes
Vocês vêem?
Vejam, esta logo ali!
A cinco palmos de seus narizes
Logo ali!
Abaixo de nossas marquises
Expostos sobre as praças da matriz
Erguemos nossos muros
Feitos de tijolos de vidro
Para que não esqueçamos
Que a lei executa a ordem
A ordem a uma razão.

Vejam a fila após o muro
Vejam o nosso campo de concentração
Estão todos esperando pela cama(e)ra
Ensaiando o roteiro
Prontos para o ultimo ato
Aos acenos e aos sinais
Um ultimo ato!

quinta-feira, 11 de março de 2010

Cama na lua

Montou sua cama na lua

Esperando que

La pudesse ver

Os anjos que se vestiam de vagalumes

Dançando entre as estrelas

Que se punham

E somem de repente

Vigilante da noite

Cego entre os videntes

Dançava nas sombras

Cantando para a solidão

Embriagado por lembranças

Do caminho que fizera

Saudades de sua terra

Repete em danças

Canções que já viveu

Vento, fogo ventre e mar.

Por tudo, por nada.

Por meus princípios
Por minhas obsessões.
Por meus calos
Por meus calafrios.
Por meus olhos fechados
Por meus braços abertos.
Por todo o vazio,
Por todo espaço cheio.
Pela primeira dose
Pelo ultimo porre.
Primeiro segundo
Do ultimo minuto.