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quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Amor de Rei

Nascido ou criado nos pampas
bem pra lá
naquela estância
onde o amor é tradição.

Água quente, chimarrão
relembrando o rincão
dos pedaços que já passei.

Hoje estamos nas catarinas
onde se cria e passa a menina
os retratos que tirei.

As bases fortes do sul
apontando para o norte
nosso dilema sempre forte
pra cair só se corte
pois não ta morto quem peleia
a estância ta na veia
e o amor no coração.

E nesta noite feliz
onde nasceu o Guri
estamos todos aqui
na bela catarina
nós guapos e aquelas meninas
cultivando a família
e amor ao nosso rei!

sábado, 19 de dezembro de 2009

ARQUITETO DE AREIA.

Linhas, traços e transversais, surgiam parecendo ser soadas pelos sete ventos que não indicavam uma direção. Edificavam-se sonhos como se edificavam as ondas junto a novos rabiscos.

Em cada estrondo ouviam-se sonetos de sua orquestra, como um maestro guiava seu lápis, movendo paredes, levantando barreiras sonoras aos seus ‘olhos’.

Ao frescor do verde com formas cristalinas surgiam às decorações, com suavidade observava o modular da areia sob seus pés.

Assim encerrava-se mais um dia em seu escritório imaginário, batendo a bermuda e apagando as luzes do dia, dando espaço aos poetas da noite.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Ponteiros

Talvez eu não agüente esperar
Quanto tempo se deve esperar?
Meus ponteiros não estão atrasados?
Que horas que chego no horário?
Meus ponteiros não estão adiantados?
A pilha não esta no fim?
Alguém sabe arrumar um relógio desafinado?
Quem disse que tenho que esperar?
“O que é teu está guardado”.
De me, pois quero usar!
Pois a pilha pode acabar
Na queda livre
Até rachar
Quem pode arrumar um relógio ultrapassado?
E aquele do cartão ponto,
Bate bem?
Tenho medo de chegar atrasado!

Medo demais.

Eu tenho medo
medo que as pessoas tem.
Tenho medo do escuro
do claro demais
dos que falam a verdade
daqueles que mentem demais.
Tenho medo de pensamentos
de pensar demais
de ser jovem ou velho demais.
Tenho medo de mitos
ou rituais.
Tenho medo da hora
pode estar cedo demais.
Tenho medo das novelas
e dos comerciais.
Tenho medo da grafia
e de usar demais, demais!

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Tabuleiro.

Armadas as arapucas.

Bloqueio efetuado.

Circuito programado.

Exercito a postos.

Morse identificado.

Tudo alarmado.

Em rota de colisão.

Arapuca desarmada.

Ponto de fusão.

Dançando como folhas ao vento.

Lenha na fogueira.

Uma saída breve

pela tangente.

domingo, 13 de dezembro de 2009

Depois de nossos comerciais.

Tudo pra depois de nossos comerciais

Nas novelas das cruzadas

Nos pulos do passado

discutindo o presente do futuro.

Tudo pra depois de nossos comerciais

tenha nas propagandas das garrafas de refrigerante

uma passagem curta para qualquer lugar

desde que seja próximo

do próximo capitulo.

Depois de nossos comerciais

um filme repetido

uma pagina virada

de novo capitulo.

Se vocês me deixassem dormir.

Se Bob Dylan me deixa-se dormir diria a ele que não sou revolucionário

Ao Raul Seixas que eu não quero ser prefeito.

Ao Bruce Dickinson que também tenho medo do escuro.

Ao Eddie Veder que tenho bichos em meu quarto que me batem a porta.

Ao Renato Russo que eu gosto somente de meninas.

Ao Duda Kalvin que não sou colorado.

Ao Humberto Gessiger que também sou simples de coração e que deixassem rolar os dados.

Ao Bob Marley que se é mais forte quando se faz consciente.

Ao Tche Guevara que não tenho uma camisa sua.

Ao Vitor Ramil que de Joaquim todo mundo tem um pouco e que todos já passaram frio.

Ao Bento Gonçalves que hoje as espadas estão desafiadas, e que a morte não esta mais na em suas pontas.

Ao Getúlio que durou o quanto tinha que durar e não adiantava mais se lamentar.

Aos Beatles que meu submarino não é amarelo.

Ao Jim Morrison pediria uma dose de whisky.

Ao Led Zeppelin que arrancassem os portões dos céus.

Ao diabo que aumentasse o fogo das caldeiras para quem passa frio

e distribuísse mais frutos a quem passa fome, pois muitos aqui já estão com agrotóxicos.

E aos irmãos Kleiton e Kledir

que eu também vou pra Porto Alegre Tchau!