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sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Farda

Se as dores do mundo não te importam
Não é somente pelo fato de ser egoísta

Como posso eu preocupar-me com minhas dores
Se existem tantas dores maiores que as minhas!

Tu ainda achas que veio a este mundo de ferias?
Aos gozos e prazeres das carnes...
Pois saiba
Que os homens fortes são os que sofrem mais
São os mesmos que pelas cicatrizes levantam-se e lutam!

Hoje eu vejo em você
O que não podes ver
Pois o mundo o cegou
Levou para longe de si
O que ha de melhor em ti!

Quando voltardes
Traga consigo aquela bagagem antiga
Vista suas roupas amassadas do passado
Sua velha farda de guerra
De forma a te proteger do frio do presente!
Para que assim
Possas ser forte
E esquentar o futuro!

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Bons ventos.

Os bons ventos nos guiam,
Como guiam os veleiros pelos mares da vida
Juntando as palavras
Nos dicionários dos sentimentos

Os bons ventos vêem
Vem trazendo as ondas
Que derrubam as paredes
Do acaso, do descaso, do distraído

Marcando o compasso
De um novo tempo

Nesse novo tempo
Em que os ponteiros juntaram-se
As nove horas
Em dia de luar!

A onda passou
A maré virou

Sobre o vento solar
Agora é noite
Noite de luar.



(Na levada de Boogie with stu... Led zeppeling)

Me de apenas um bom motivo
Me de apenas um bom motivo
Baby

Me de apenas um motivo
Mas que seja um bom motivo!
Baby

Pra querer dançar
Pra querer ser feliz

Me de apenas um bom motivo
De não largar o que sempre quis!

vamos
vamos
vamos
Baby

vamos nessa...
E me de um bom motivo

Pra querer dançar
Pra querer ser feliz

Venha, venha, venha
Dance, dance dance

Seja ao menos hoje
O meu bom motivo...

Pra querer dançar
Pra querer ser feliz.
Qualquer sentido que se faça
que se faça ao som da canção.

Qualquer canção que se faça
que seja o sentido do coração.

Qualquer coração que se faça
que seja com sentido de uma boa razão!

domingo, 5 de setembro de 2010

Que o meu lenço farrapo vermelho manchado
Não sirva somente de enfeite ao pescoço
Mas que sirva de traje a cobertura
As mãos cansadas e calejadas
Das peleias em lutas armadas
Onde espadas estão banhadas
No manto de couro do pranto.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Lume.

Vaga lume
Vago sobre
Sol

Vaga sois
Sobre a lume
Do luar

Vaga lua
A lume
De vaga-lumes

Mentiras.

Mentiras,

A quem vê minha alma

Vasculha meus pensamentos

Conte-me seus segredos

Prive-me de meus medos!

?

?
Quem é você?
Que rouba o meu ar
Suga meu ultimo suspiro
Como se conhecesse
De mim todas as partes.

De onde vem este cheiro?
Que invade minha alma
Transpirando por entre meus poros.

De onde vem esta luz?
Insaciável
Indecifrável
Que ilumina o meu pensar
Clareando os cantos mais escuros
De uma mente bagunçada.

Quem é você?
Que fez meus últimos minutos...
Valerem a pena.
Que enlouqueceu meus ponteiros
Já em desordem com o espaço.

Quais mentiras, invento ao meu coração?
Que mentiras direi ao som da canção?
Impossível nessa sua incandescência
Apagar as chamas de uma paixão.

Ano novo chinês.

Encilhe o cavalo

De água aos beija-flores

Junte o remo

Pois vamos ao continente

O expresso parte as 23:59h

Para o ano novo chinês.

sábado, 31 de julho de 2010

Sereno.

Sobre o luar
Sereno
Será a serenata

Sobre os seus sonhos
Sereno
Serei eu!

Sobre mim
Sereno
Serei você

Simples
Sóbrio
E apaixonado

Singelo
Simplório
E sufocante

Surreal
Surtando
Sobre a superfície

Sereno será o luar
Sobre a lua
Em um novo mar

Sereno serei eu
Sereno será você
Seremos sempre juntos
Uma serenata.

Hoje não quero abrir as portas à você

Hoje não quero abrir as portas à você
Não adianta bater
Tudo já esta fechado
Já passei as chaves
E não tenho copias
O passado se foi
E tenho medo de que retorne
Não me bata à porta
Saia de minha mente!
Deixe-me dormir
Sua foto esta estampada em meu consciente
Saia de minha mente!
Deixe-me no escuro
Pois gosto da falta de visão
Ainda vejo os seus olhos me observando
Lendo meus pensamentos
Enquanto bate em minha porta
Lembre-se que já não tenho mais as chaves
E que o escuro assusta os meus medos
Assusta a sua foto
Ofusca o seu brilho
Cega os seus olhos
Lembre-se que já choveu muito por aqui
Levou a sujeira de mim
E como chuvas passageiras
você também já foi
Em apenas mais um dilúvio
Seja meu café neste inverno!
Aqueça-me
Esqueça-me
Enlouqueça-me
Inspire-me,
As mais belas poesias
Dá-me a força para destilar as grafias
Deixe-me dopado de prazer
Alucinado no entardecer
Viciado
Por viver
E tentado a te esquecer
Seja cravejado em pedras
Ou cravado a espinhos
Os ponteiros tendem a seguir
Sempre o mesmo caminho.
Sobre uma ação
A reação
Sobre um rosto,
Um beijo/tapa
Sobre o ódio
O tempo nasce
Os espinhos crescem
A flor floresce.

Um poema...

Ao crivo
E as dores
Um poema!

Aos beijos
E aplausos
Um poema!

A solidão
E o silencio
Um poeta!

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Voa voa
Vinda do alto
Flecha dos sonhos
Do anjo ou do cupido alado

Voa voa
Mas voa baixo
Espalha por mim
O pólen do beijo roubado

E quando estiver bem cansada
Pouse, pouse
Borboleta
Descanse suas assas
Sobre os braços
Deste velho soldado.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Luz, came(a)ra, escuridão.

Chega à ordem
Vinda de lugar nenhum
Ninguém a ouve
Todos a obedecem
Tranquem as portas
Apaguem as luzes
Esta na hora
O programa vai começar
Um tapa, depois um beijo
Ninguém à de lembrar
Entrem na fila
Por amor ao nosso Deus!
Ou vocês pagam
Ou serão pagãos
Entrem na fila
Por amor ao nosso rei!
Se não for assim,
Será pela lei!
A ordem chegou
Por sua desobediência
Por falta de prudência
E sua dependência
Nos os condenamos
A ignorância eterna
A dependência eterna
A distancia eterna
De nossos intelectuais
À nossas crianças

Vejam de que somos capazes
Vocês vêem?
Vejam, esta logo ali!
A cinco palmos de seus narizes
Logo ali!
Abaixo de nossas marquises
Expostos sobre as praças da matriz
Erguemos nossos muros
Feitos de tijolos de vidro
Para que não esqueçamos
Que a lei executa a ordem
A ordem a uma razão.

Vejam a fila após o muro
Vejam o nosso campo de concentração
Estão todos esperando pela cama(e)ra
Ensaiando o roteiro
Prontos para o ultimo ato
Aos acenos e aos sinais
Um ultimo ato!

quinta-feira, 11 de março de 2010

Cama na lua

Montou sua cama na lua

Esperando que

La pudesse ver

Os anjos que se vestiam de vagalumes

Dançando entre as estrelas

Que se punham

E somem de repente

Vigilante da noite

Cego entre os videntes

Dançava nas sombras

Cantando para a solidão

Embriagado por lembranças

Do caminho que fizera

Saudades de sua terra

Repete em danças

Canções que já viveu

Vento, fogo ventre e mar.

Por tudo, por nada.

Por meus princípios
Por minhas obsessões.
Por meus calos
Por meus calafrios.
Por meus olhos fechados
Por meus braços abertos.
Por todo o vazio,
Por todo espaço cheio.
Pela primeira dose
Pelo ultimo porre.
Primeiro segundo
Do ultimo minuto.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Lado A ou lado B

Por onde anda Carolina?

Em quais estâncias estarão seus pensamentos, agora?

Esta prestes a agarrar-se em outro muro?

Saiba que do lado de lá

há uma nova flor a florescer,

Mais um passo,

mais um pulo,

uma nova instancia

e um novo muro...

Por onde estará Carolina agora?



Quem Soul

Quem Soul
Soul fragmentos de varias estâncias por onde passei
Cacos ainda preservados de carnavais passados
Um novo trem passando sobre a estação
Um visionário do passado
Apoiado no futuro
Um breve escritor de areia
Uma imperfeição progressiva, é o que sou
Velho veterano de guerra, cheio de vícios
Pairando peso pena sobre o ar
Sobre as novas estações
Surfando em freqüências
Esperando novas bombas
Sobre Bagdá,
Velho veterano de guerra
Apoiado no muro da estação.

Hoje soul
Um Arquiteto de areia
Um transeunte ambulando
Entre os dicionários da vida.
Amanhã quem sabe?

Barra das barreiras

A barra é forte das barreiras

A barra é forte das fronteiras


Tudo é mutável

Tudo é imutável


O frio forte traz o calor

O Minuano traz a lembrança do pago

Duas massas nunca possuem

O mesmo corpo nesse seu espaço


As forças moldam

Minhas moléculas nas suas

Reações atômicas provocam explosões

Que venceriam as guerras

Que nem Darwin

Ou mesmo Einstein

Ou Freud Flinston

Explicariam


As barras são fortes das barreiras

As forças que nos separam

As forças que nos unem

Afundam-nos pra nos salvar


Nado nas lamas do passado

E vejo que nada mais via

Hoje nado, nado, nado

E nada


Nada que tinha possuo

Tudo que possuía

Sempre me possuiu

Nado no nada

No nada da lama


Que lava pelas ruas das chuvas

O que nada possui

Dando a mim

Forças novas

Para atolar-me nos nados

Novamente!