Como numa peça de teatro
O corpo ensaia o roteiro
Incendiado pelo fulgor da alma
O corpo veste a alma
E a alma um novo ser
Num roteiro pré ensaiado
O verdadeiro jogo do ser ou não ser
Quem são estas meninas
Que dançam na ciranda?
Quem deu a direção
Pra que lado a fila anda?
Voa pequena Alice
Pelos ares mais distantes
Saiba que o mundo
Já não é o bastante.
Voa pequena Alice
Pelos vales mais distantes
Saiba que o mundo
Já não é como era antes.
Um momento de inércia
E sua força resultante
O passado já também não era
Como já fora antes
E o velho soldado
Esperando na estação
O momento e a inércia
Entrarem em ação.
Pra que lado a fila anda?
Quem lhe estendeu a mão?
Sabia o seu nome?
Sabia a direção?
O Tempo dança na ciranda
E o soldado na estação
Qual é a intensidade
Que faz tomar a decisão
A troca de olhares
Ou o toque das mãos?
Então:
Voa pequena Alice
Pelos ares mais distantes
Saiba que o mundo
Já não é o bastante.
Voa pequena Alice
Pelos vales mais distantes
Saiba que o mundo
Já não é como era antes.
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